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Pena Mansa

🅁🄴🅂🄴🄽🄷🄰

Foto: Dimas Moraes

Nota: 🌟🌟🌟🌟
Obra: Minha vida de rata
Gênero: Romance
Autora: Joyce Carol Oates
Tradução: Luisa Geisler
Editora: Harper Collins
382 páginas
TAG Curadoria / Out 2020

“Minha Vida de Rata” conta a história de Violet Rue que ao presenciar cenas indicando que seus irmãos tinham participado de um crime de ódio, assassinando um garoto negro na cidade fictícia de South Niágara, tem sua trajetória de vida alterada em definitivo.

Banida do conforto da sua família e comunidade, primeiro em um abrigo, em seguida para a casa de uma tia e por fim sozinha, Violet é obrigada a buscar sozinha a sua própria identidade, enquanto lida com a ausência forçada dos pais, irmãos e amigos. O preço que pagou por ser uma “rata”: a pessoa que dedura alguém.

O enredo é muito impactante. A cada página sentimos a injustiça de uma sociedade autoritária, racista e machista (reforçada pela família dela também) ao tratar uma garota ainda com 12 anos da forma como fizeram.

Apesar da temática boa, achei a narrativa um pouco arrastada e tive a sensação de que houve uma ruptura pouco lógica no meio da história, quando a protagonista sofre um abuso. Mas, isso não atrapalha a obra como um todo.

Eu consegui intuir parte do final da história e por isso o desfecho não foi tão surpreendente, mas garanto que entre uma cena e outra há momentos muito conturbados causando aflição no leitor, quando a protagonista é levada aos limites da razão e do seu controle emocional.

Vale a leitura! 😀

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Terminei recentemente minha 35a. leitura do ano. A obra Allegro Ma Non Troppo de Paulliny Gualberto Tort, publicada pela Editora Oito e Meio. Livro que foi semifinalista do prêmio Oceanos em 2017. ❤️

Em uma linguagem simples, juvenil, porém afiada, o leitor mergulha em primeira pessoa na busca de Daniel, tentando encontrar tanto a si mesmo quanto a João, seu desaparecido irmão mais velho.

Além dos dilemas familiares e amorosos que acompanham o protagonista por toda a trama, a história termina por apresentar um centro-oeste pulsante, para além da artificialidade da qual Brasília se originou, acrescido das peculiaridades da Chapada dos Veadeiros.

Reflexão:
Considero essencial que nos descolonizemos como leitores, para que possamos voltar nossos olhos também aos escritores contemporâneos brasileiros, que além de avivarem a literatura nacional estão representando nosso povo, nossa terra.
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Live com a autora no Instagram! 😃😍🙏🏻
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Desde já, sintam-se todos convidados a conhecer essa obra. 🥰
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Por Dimas Moraes

💀🆁🅴🆂🅴🅽🅷🅰💀

Obra: Lady Killers: assassinas em série
Autora: Tori Telfer
Editora: DarkSide Books
384 páginas

Classificação: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️

Foto: Dimas Moraes

Antes de qualquer coisa, a DarkSide Books está de parabéns pela edição desse livro, um primor da cultura vintage. 😃👏🏻👏🏻👏🏻

Quem está acostumado às narrativas de serial killers do tipo predominante, normalmente homem, branco, forte e fisicamente violento, terá uma impactante surpresa com essa obra.

Existem mulheres que são assassinas em série sim! Confesso, eu mesmo nunca havia imaginado uma mulher como serial killer.

E, claro, como Tori Telfer bem coloca, isso está relacionado ao ideal de feminino com o qual estamos afeiçoados: a protetora, a cuidadora… e qualquer viés que fuja disso é imediatamente relacionado aos temas do amor, da vingança, da inumanidade…

Como se as mulheres não fossem, acima de tudo, humanas. O que significa ter a capacidade de alimentar sentimentos de amor, más também de ódio, passividade ou talvez agressividade e toda sorte de contradições que nós, como seres humanos complexos e flexíveis que somos, costumamos apresentar.

Mais do que revelar aos leitores os crimes hediondos dessas mulheres, que cada uma à sua maneira chocou a sociedade, ora por sua perspicácia e altivez, ora por sua frieza e crueldade, a autora faz importantes contrapontos.

Através de uma potente narrativa, ao mesmo tempo simples e magnética, o livro contesta e expõe as incongruências da mítica e equivocada crença na existência do sexo frágil.

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Oi, gente. Tudo bem com vocês?

Hoje eu trago uma dica de leitura infantil bem bacana para quem tem sobrinhos, filhos… etc.

Foto: Dimas Moraes

“O menino do cabelo enrolado” de Priscila Messias, ilustrado por Talita Abreu, conta a história de um garoto que superou o bullying a partir da compreensão da sua ancestralidade.

O tema é bastante atual e, conforme no livro, ainda muito recorrente em ambientes escolares. Daí a validade e a importância dessa história, que além de ensinar aos pequenos, incentiva os pais a participarem da formação sociocultural dos filhos.

E o mais divertido para as crianças é que o miolo do livro é recheado de ilustrações para colorir. Diversão garantida!

Autora: @prof.priscilamessias
Ilustradora: @talitaabreu.art

Desde já, sintam-se todos convidados a conhecer essa obra. 🥰
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Por Dimas Moraes

☬ reflexão ☬

꧁ ☬ leia autores independentes ☬ ꧂

A publicação independente vem ganhando cada vez mais espaço no mercado, inclusive com destaque em premiações e aos poucos vem aparecendo como finalista em grandes prêmios de literatura.

A verdade é que o Brasil tem muitos escritores e a lógica das grandes editoras não permite espaço para a maioria deles.

Então nós, autores independentes, criamos o próprio caminho. Seja com publicação sob demanda, seja autopublicação pela Amazon e outras plataformas… não importa, na prática vamos ganhando o nosso espaço.

Houve um momento em que eu tinha receio de dizer que era autor independente, soava estranho, até que percebi que nós estamos fazendo a literatura acontecer, de coração, investindo nosso tempo e dinheiro nisso, criando arte onde só existia o vazio. Somos a contracultura que rejeita o padrão editorial e o combate da melhor forma, com literatura de qualidade.

Seguimos, firmes e fortes! 😀🙏🏻

Reflexão

.。.:* DEUS SIVE NATURA *.:。.

Foto: Dimas Moraes

No “Livro I da Ética e no Tratado sobre a Religião e o Estado”, o filósofo holandês Baruch Spinoza delineia a sua concepção de um Deus despersonalizado e geométrico, contrária a todas as formas de se conceber Deus como uma espécie de entidade, oculta e transcendente, que age conforme os seus desígnios e a sua vontade suprema. De uma teoria que não compartilha da ideia de um Deus autocrático, que controla a tudo e a todos, e que se refugia em algum ponto distante da abóbada celeste — segundo a crença comumente aceita e bastante difundida, sobretudo entre os povos e as civilizações de origem indo-europeia. Motivo pelo qual, o filósofo Spinoza expôs, assim, em sua obra, a sua definição — considerada por ele a mais adequada —, de Deus, em contraposição a todas as doutrinas e dogmas religiosos até então existentes.

E é Spinoza quem diz que as massas “supõem, mesmo, que Deus esteja inativo desde que a natureza aja em sua ordem costumeira; e vice-versa, que o poder da natureza, e as causas naturais, ficam inativas desde que Deus esteja agindo; assim, elas imaginam dois poderes distintos um do outro, o poder de Deus e o poder da natureza”.

Spinoza ainda nos faz o alerta para o fato de que: “Deus fez todas as coisas em consideração do homem, e que criou o homem para que este lhe prestasse culto. (…) [Isto acontece porque toda] gente nasce ignorante das causas das coisas e que todos desejam alcançar o que lhes é útil e de que são cônscios”. Com efeito, a crença de Spinoza era em um Deus baseado no seguinte princípio: Deus e Natureza são a mesma coisa — Deus sive Natura (Deus ou Natureza).

Fonte: Revista Bula

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By Dimas Moraes

O Ipê Amarelo [Poema]

Foto: Dimas Moraes

O Ipê Amarelo

Tão vivo, tão belo.
E, ao mesmo tempo, tão singelo.
Em meio à secura do inverno
Ele realça com sua graça, sua beleza e seu jeito supremo.
Suas flores amareladas brilham.
Parecem estar enraizadas no sol, Luz, vida e alegria irradiam.
Sua flor tem glamour, nada de dor, apenas amor.
Ipê amarelo.
Tão Vivo.
Tão Belo.
Tão Singelo.

𝕌𝕞 𝕡𝕠𝕖𝕞𝕒 𝕕𝕖 𝕆𝕤𝕧𝕒𝕝𝕕𝕠 𝔽𝕚𝕝𝕙𝕠

by Dimas Moraes

Benjamim e o benjamim [Crônica]

Fonte: Pngtree

Eu estava na cadeira, encarando o espelho e pensando que o novo visual destoaria das olheiras permanentes que essa pandemia tem me dado. E o barbeiro, num interminável vai e vem com a navalha e o creme de barbear, fazia seu trabalho. Até aí nada de atípico.

Numa pausa da conversa, que serpenteava entre política nacional, música e religião, eis que surge no corredor um garotinho de uns seis anos no máximo (sou péssimo com idades) e diz:

– Pai, eu $((:&&;!@!?;:&.

O barbeiro para, olha e pergunta:

– O que você quer, filho?

Eu, que já achei graça naquele palavreado misterioso, me viro para acompanhar melhor a cena, já com as expectativas nas alturas, quando ele responde:

– A toalha de fazê pão. – Desatei a rir.

O barbeiro pensou um pouco, deixou os aparelhos na prateleira, foi até o canto do salão e, detrás do computador, sacou uma conexão em formato T, entregando-a em seguida ao garoto, que foi embora satisfeito.

– Cara, como assim, você entendeu isso? – eu estava boquiaberto.

– Ah, mano, você sabe como é né?! Quando a gente vira pai, entende o dialeto dos filhos. – Que doideira, não?

– Esse é o mais novo, né!? Como é o nome dele mesmo?

– Benjamim.

Tivemos que interromper a os procedimentos de tanto que rimos da coincidência.

Fim


Autor premiado no prefácio do Rêmora

😱😱😱 📚 NOVIDADE 📚😱😱😱

Foto: Instagram @je.brazoficial

Hoje eu acordei ouvindo os passarinhos e sentindo o cheiro de terra molhada. Executei o ritual básico de todas as manhãs e fui tomar café. Pensei que fosse um dia comum, mas não, realmente não era.

Sentado à mesa, degustando biscoitos salgados com manteiga caseira, ouço o “pliiim” do Smartphone, um novo e-mail. Só mais uma propaganda. Será?

Venci a lombeira matinal, estendi o braço e desbloqueei a tela. Meus olhos arregalaram-se com a mensagem:

“Prefácio, por Júlio Emílio Braz”

Retomei meu centro de gravidade, que estava oscilando corpo afora e compreendi.

É isso, gente, meu terceiro livro será lançado em papel pela Editora Penalux e na versão e-book pela E-galáxia, ambos com o Prefácio de Júlio Emílio Braz.

Escritor que já recebeu prêmios como: Jabuti – o mais renomado no Brasil; Austrian Children Book Award (Áustria) e Blue Cobra Award (Suíça).

Escreveu também roteiros para o programa Os Trapalhões, da TV Globo, além de algumas mininovelas para uma emissora de televisão do Paraguai.

Definitivamente, hoje não é uma sexta-feira normal. Mas, o incomum é a minha Passárgada! 🙃😛

Oblivion, 21 de agosto de 2020.

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